sábado, 27 de julho de 2019

Os acordes a bater do tempo cronológico


Triunfo sobre a vida
e vivo um dia a menos,
mesmo sem saída,
perdido entre tempos e tempos.

A sentir o escandaloso cheiro
de alma moída,
enquanto as folhas dançam
e o alto sublime outono desce.

Centenas de anos traspassados
se entrelaçam.
É de ultrajes que se padece
e um a um a humanidade enterra.

Diz que se pudesse
indiferentemente a hoje, viveria.
Sem fazer cortar,
culminando com uma parte boa.
Ultimato?
Talvez se reconstituiria,
então a parte que soa
mostrar ia-se pura.

A redenção foi legítima.

Vendo a ti restantes brisas,
inundando o velho oceano.
Distante, ele abre prismas,
as feridas mórbidas de mártires
em um mundo errôneo.
                                                         
                                            Ana Carla Morigi
Confreira da ALB (Academia de Letras do Brasil), seccional Mamborê, cadeira 10, poetisa convidada pelo blog Uma Eterna Aprendiz.
26 de março de 2019

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