O Sol já nascera a horas
E eu ainda em repouso.
Um corpo prisioneiro,
Enquanto o espírito voa.
Sinto-me derrotada,
Por dores físicas tomada.
Por terra vi cair,
tantos sonhos em devir.
Mulher guerreira,
De espírito forte,
De corpo debilitado,
Pela dor dominado.
Outrora já tive energia,
Disposição, agilidade
ou seja lá o que for...
Agora, me resta
Todos os dias renascer.
Morrer já é rotina.
Aliás, há muito assim tem sido.
E apesar de não entender
Todos os dias eu morro.
E não sei por quanto tempo assim
Ainda terei que viver.
Mariusa Petri
31 de agosto de 2019