sábado, 27 de julho de 2019

Os acordes a bater do tempo cronológico


Triunfo sobre a vida
e vivo um dia a menos,
mesmo sem saída,
perdido entre tempos e tempos.

A sentir o escandaloso cheiro
de alma moída,
enquanto as folhas dançam
e o alto sublime outono desce.

Centenas de anos traspassados
se entrelaçam.
É de ultrajes que se padece
e um a um a humanidade enterra.

Diz que se pudesse
indiferentemente a hoje, viveria.
Sem fazer cortar,
culminando com uma parte boa.
Ultimato?
Talvez se reconstituiria,
então a parte que soa
mostrar ia-se pura.

A redenção foi legítima.

Vendo a ti restantes brisas,
inundando o velho oceano.
Distante, ele abre prismas,
as feridas mórbidas de mártires
em um mundo errôneo.
                                                         
                                            Ana Carla Morigi
Confreira da ALB (Academia de Letras do Brasil), seccional Mamborê, cadeira 10, poetisa convidada pelo blog Uma Eterna Aprendiz.
26 de março de 2019

quinta-feira, 25 de julho de 2019

Aprendendo sobre o amor



Comparo o amor verdadeiro ao mar,
perdoe-me a demora em fazê-lo!

Como posso querer-te só pra mim?

É como se eu tomasse toda a sua imensidão
e não permitisse que mais ninguém o sentisse,
o admirasse, o tocasse...

Quão egoísta eu seria se o fizesse!

Ao atingir essa dimensão, 
me sinto plena e em paz.

Pois, sei que muitas outras pessoas
terão a oportunidade de conhecer o amor:
ao ver,
ao tocar,
ao admirar,
ao sentir o mar,
mas também,
por saberem que você livre está,
para ser mar e amar.

Saiba você,
o amor só aumenta em meu peito,
pois contigo aprendi
que amar é dar,
sem expectativas de retorno,
sem tomar posse.

É isso que chamamos de expansão?

Se é, posso afirmar que,
me sinto pronta para a quinta dimensão.

Amo-te por todo o sempre,
mas atenta e vivendo o agora.

Mariusa Petri
18 de Julho/2019

quinta-feira, 11 de julho de 2019

Recomeços

De repente ficou só calmaria.

Dói romper cordões, 
Mas não há como o novo chegar,
Se no velho permanecer.

O barulho foi intenso,
Estrondoso.

Muitos cacos pelo chão,
Sangue e ferimentos por toda parte.

Quando o silêncio chegou,
Os ferimentos límpidos ficaram
E a cicatrização iniciou.

A paciência está presente 
e traz paz.

Mariusa C B Petri
11/07/2019