O ar escapa.
A dor aperta.
Os sonhos lacrimejam.
A porta entre aberta,
ruge como tapa,
que a fera almeja .
As lágrimas descem a alma,
e as forças se abstentem.
Ruge fera que acalma.
As batidas freneticamente fracas.
Quase me interrompe a faca,
tão áspera e violenta.
A fera, os pulmões ataca,
dita últimos suspiros
e complementa.
Tão viva
e tão próxima da morte.
Deixada a si mesma,
a sua própria sorte.
Quem sabe rasgue
e corte.
Viver é respirar e transpirar constantemente.
É sangrar
internamente
e continuar.
Ana Carla Morigi
20 de maio
Nenhum comentário:
Postar um comentário