sábado, 22 de junho de 2019

Flor

Lembre-se, todos os dias,
ela é delicada
como uma flor:
precisa ser regada,
necessita de adubação,
de diálogo, carinho e amor.

Não queira dela o melhor perfume,
Se não protegê-la para que possa exalá-lo.
Se tratá-la assim,
jamais perderá seu amor,
não mais precisará sentir ciúmes,
visto que ela desejará permanecer ao seu lado,
até a velhice, até a última pétala secar.

Chamava-a de flor,
porém disso esqueceu.
Tentou lembrá-lo,
insistentemente.
Mas o egoísmo não permitiu que ouvisse,
apenas seu ego em evidência permaneceu.

A doce flor adormeceu,
para os sonhos que contigo partilhou,
não mais ao seu lado despertará,
pois ao secar,
suas sementes,
em nova terra há de brotar,
para novo jardineiro dela cuidar e amar.

Mariusa Cristiane Baum Petri
20 de abril de 2019

A despedida

Quando a inspiração vai embora,
o que resta é o ritual da despedida...

Quando você voltar,
sei que a poesia,
de mãos dadas contigo,
pela porta, irá chegar.

Como poderei eu,
sem vocês continuar?

Se posso,
ainda não sei responder,
a única certeza, neste momento,
é que cada minuto sem vocês,
meu amor e minha poesia,
são como anos sem viver.

Mariusa Petri
19/06/19

quinta-feira, 13 de junho de 2019

Eu sou do sol,
mas quando ele tímido está,
busco energia na lua e nas estrelas...

O som da chuva
me agrada
imensamente
também.

sábado, 1 de junho de 2019

De nossa primeira aula

Seu nome é Mariusa,
e ela caminha lentamente,
entre as pétalas e as folhas,
agora mortas,
pela chegada do outono,
mas que em alguma época,
desabrocharam para a vida.

Oh! Como esse cheirinho de terra molhada,
lhe trazia nas lembranças,
sua antiga morada,
de quando ainda era apenas uma menina-moça,
cheia de sonhos e vontade para esbravejar o mundo.
Sua imaginação não para jamais,
As inúmeras  poesias inundam sua mente.
Versos de amor, de tristeza, mas acima de tudo,
versos acalentadores.
Na outrora passada,
Mariusa deixou que seus versos voassem,
para dimensões distintas.
Mas agora ela se reencontrou,
ela tem força, ela deseja.

Às  vezes, a tristeza lhe toma
ao lembrar-se dos poemas perdidos,
num tempo que não volta mais.

Entretanto, o que não sabe ainda,
é que quando ela sorri,
compõe o verso mais lindo,
que poderia ser lido.

Até os versos de Machado de Assis
curvam-se perante tua beleza,
não a física, mas sim a d’alma.
Ela é cheia de vida, é encantadora
e seus doces sorrisos são capazes de curar
as mais profundas das dores.

São de seus olhos tão verdejantes
quanto o orvalho da manhã,
que vem a verdade,
que ensinam a partir da poesia.

Ela não sabe ainda.
E antes que diga algo,
peço que guarde contigo o nosso segredo.

A mulher de madeixas douradas
e sorrisos doces,
é minha mais nova professora.

Edwiges Maciel Franco
Abril/2018